domingo, 14 de março de 2010

O pequeno príncipe e sua flor


Ela quase não passava por ali... achava bem estranho aquele caminho, uma rua sem árvores, sem brilhos de sol. Naquele domingo, no entanto, resolveu entrar... Estava passeando e se divertindo com as coisas pitorescas do lugar, quando um menino lhe abordou. Ela respondeu rapidamente mas não deu muita atenção. Tinha muitas novidades para olhar e não conseguia se ater a um único ponto.
No entanto, ele insistiu... Chamou de novo, de novo e de novo. Enquanto ela não parou para conversarem ele não sossegou. Estava encantado por ela e hipnotizado pelo brilho que irradiava. Ela era uma bela flor e ele apenas um menino sabido, um pequeno príncipe. A medida que conversavam, a magia da paixão aumentava para ele.
Saíram daquela rua mas não conseguiram se despedir. Estavam juntos, ligados por algo que não sabiam explicar. Mal se conheciam e já se conheciam tão bem. Olhavam e queriam, falavam e sentiam, tocavam e sabiam...
No entanto, ela pensava que aquele pequeno príncipe não saberia como cuidar dela. Ela era muito sensível e necessitava de cuidados especiais, além de muito carinho e dedicação. Tentou se afastar dele, tentou desencorajá-lo, mas não conseguiu, afinal, ele estava sempre por perto.
Ele sabia que ela também tinha espinhos. Teria que tomar cuidado para não se machucar em chegar mais perto. Mas estava enfeitiçado e havia pensado nela mais de dez vezes naquela última semana. E após vários dias intermináveis, decidiu, assim como o beija-flor, dar um mergulho certeiro e lhe roubar um beijo.

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