sábado, 28 de agosto de 2010

O encantador

A fragilidade da mulher, embora meio escondida na igualdade com o ‘profissionalismo masculino’, continua inalterada. Uma mulher trabalha, realiza, ganha, conquista, educa, faz e acontece, mas no fundo no fundo continua a mesma de todos os tempos.
Um encantador chega mas não pede licença. Invade sem permissão e se faz presente. Ele conquista, encanta quem escolher como próxima vítima. Não tem hora nem lugar, apenas decide.
Um encantador é inteligente, perspicaz e meio poeta. Sabe escrever exatamente o que precisa ser lido. Ele não apenas presenteia a mulher com flores, mas sabe qual flor ela gosta e as escolhe, uma a uma, em cada detalhe, nada lhe escapa. Escolhe o restaurante com precisão de um restaurateur. O local deve ser charmoso, discreto, elegante, surpreendente... Na verdade, ele adora fazer surpresas. Nunca pede permissão para nada, apenas decide e faz. Afinal ele é o homem, o rei da floresta, o Leão.

Um comentário:

Unknown disse...

O Leão, algumas vezes, se torna um pequeno felino, daqueles mansos, submissos domados e que não se desvencilha de uma domadora. Talvez as chibatadas que lha são dadas no picadeiro da vida o façam feliz, mesmo que ele não tenha plena consciência disso, mesmo que ele relute contra seu enjaukamento...até ao Rei é dado o direito de uma renúncia...