terça-feira, 29 de março de 2011

O Encantador


A fragilidade da mulher, embora meio escondida na igualdade com o ‘profissionalismo masculino’, continua inalterada. Uma mulher trabalha, realiza, ganha, conquista, educa, faz e acontece, mas no fundo no fundo continua a mesma de todos os tempos.

Um encantador chega mas não pede licença. Invade sem permissão e se faz presente. Ele conquista, encanta quem escolher como próxima vítima. Não tem hora nem lugar, apenas decide.

Um encantador é inteligente, perspicaz e meio poeta. Sabe escrever exatamente o que precisa ser lido. Ele não apenas presenteia a mulher com flores, mas sabe qual flor ela gosta e as escolhe, uma a uma, em cada detalhe, nada lhe escapa. Na verdade, ele adora fazer surpresas. Nunca pede permissão para nada, apenas decide e faz. Afinal ele é o homem, o rei da floresta, o Leão.

"Mas para que o encantador faça tudo isso... precisa ter uma pessoa muito, muito muito especial que o inspire e crie nele o desejo de ser "o encantador"!"

domingo, 20 de março de 2011

Moi le papillon la crème de la crème




Qu’a donc le papillon ?


Qu’a donc le papillon ? Qu’a donc la sauterelle ?


La sauterelle a l’herbe et le papillon a l’air

Et tous deux ont avril qui rit dans le ciel clair.

Victor HUGO (1802-1885)
Extrait de Mon Premier Larousse des Poésies

terça-feira, 15 de março de 2011

Contradição?

Engraçado como as coisas são contraditórias. Eu, particularmente, amo o verão, mas achei delicioso sentir o friozinho entrar pela janela de manha.

Penso que as pessoas querem e buscam tanto a felicidade e a realização de metas pré estipuladas que se esquecem de serem felizes hoje. Ser feliz hoje com o que se tem. Com o verão que bronzeia e deixa a pele linda e também com o inverno que nos aconchega em seus casacos. Com filhos ou sem tê-los ainda ou talvez com os filhos dos outros, mas vivendo intensamente cada instante. Ser intenso é viver plenamente tudo o que a vida lhe oferece, do início ao fim, e não viver simultaneamente várias histórias.

A inspiração veio meio sem querer, ouvindo uma música antiga que diz “ que contradição, só a guerra faz nosso amor em paz”

“A paz invadiu o meu coração
De repente me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais
A paz fez o mar da revolução
Invadir meu destino, a paz
Como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão na paz
Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição
Só a guerra faz
Nosso amor em paz”, Gilberto Gil